No passado dia 27 de Novembro, pelas 9h da manhã, um grupo de mais de 50 executivos juntou-se no rooftop do ISEG para escutar e debater as tendências digitais para 2020, com um painel que contou com a presença de:
> Bernardo Correia – Country Manager Google Portugal
> Pedro Monteiro – Managing Director Konica Minolta Portugal
> Sofia de Castro Fernandes – Blogue às 9 e Academia às 9
> Carolina Afonso – Marketing Director Konica Minolta Portugal
> Sandra Alvarez – Managing Director PHD Media Portugal, Omnicom Group
> Tiago Branco – Data & Technology Director Omicom Group Portugal
Moderadora > Maria João Pinto – Diretora da Marketeer
Pequeno-Almoço Debate “Estratégias Digitais: Tendências 2020"
Apesar da muita chuva que se fazia sentir, a sala encheu para um pequeno-almoço debate com representantes de diferentes empresas e áreas de intervenção, que apresentaram as suas principais tendências.
Pedro Monteiro – Process Automation
A evolução dos últimos 10 anos, desde as empresas ao Estado, leva à procura de automação de processos, para aumento de produtividade e redução do erro. A tendência será eliminar tarefas repetitivas e sujeitas a erro, como responder a determinados e-mails e preencher formulários, reorganizando as funções de cada um.
Bernardo Correia - Data Driven Automated Marketing
A tendência que se vem confirmar em 2020 é a hiperpersonalização da comunicação, através do machine learning, que permite gerir comunidades em escala. Chegando quase ao limite de uma criatividade por pessoa. Deu o exemplo, partilhado com ele pelo colega da Google Alemanha, onde estão a realizar uma campanha para Lufthansa que tem 26.000 peças criativas na mesma campanha. Referiu ainda que em Portugal somos um privilegiados, por termos algum atraso em relação a outros países na área do digital. Porque, ao vivemos uma paradigma que não tem comparação, cá, em Portugal, podemos olhar para o que países mais avançados já vão fazendo e inspirarmo-nos e melhorarmos.
Sofia de Castro Fernandes – Lifelong Learning
Com a reestruturação dos postos de trabalho, derivada da automação de processos, por exemplo, que fará dos recursos muito mais focados em “problema solving” e inovação, o microlearning, com pequenas sessões de formação que pretendem entregar conhecimento de forma rápida e eficaz serão uma tendência. Ainda que defenda que na área dos soft skills é difícil falar em tendências.
Carolina Afonso – Customer Centric Marketing
Se pensarmos, todos as empresas se definem como “Customer Centric”, no entanto, nessas mesmas empresas, se formos ao departamento de marketing, contabilidade e vendas, todos apresentarão um cliente diferente. Por esse motivo, este será o ano de focar em conhecer o verdadeiro cliente – não o ideal! – de cada organização, para que se alinhem departamentos e estratégias, para responder ao que são as necessidades de um cliente real, que tem frustrações, necessidades e ambições muito próprias.
Sandra Alvarez – Procura personalizada de conteúdos em vídeo e áudio
Com recurso a diferentes estudos, é notória a necessidade dos anunciantes estarem, cada vez, mais onde estão os seus consumidores e com os formatos que mais se adaptam a eles. Uma das grandes tendências é o conteúdo em vídeo, desde há vários anos, mas cada vez mais os podcasts, também. O target dos 25 aos 34 (dos 21 aos 35, no caso do Spotify) são os que mais consomem este tipo de conteúdo e as marcas devem estar atentas a este fenómeno, através de duas vertentes.
1 – Publicidade nos podcasts
2 – Criação do seus próprios podcasts.
Um bom exemplo é a KLM que convidou clientes a falarem sobre uma viagem que lhes mudou a vida, num podcast, que assim apresenta todos os seus destinos. Relembrando, ainda, que o KPI não deve ser sempre venda. No princípio de um funil de venda, devem existir outro tipo de KPIs, como interação, a medir o sucesso das campanhas.
Tiago Branco – Augmented Analytics
Focou as soluções de SaS (Sotware as a Service) para automação do tratamento de dados, para ser possível às empresas obter escala na análise, numa era que se geram cada vez mais dados, conseguindo assim extrair o máximo de insights possíveis. Não deixou de mencionar o RGPD antes do final da sua intervenção, para referir que traz desafios com algumas das restrições que cria, mas que é positivo, ao vir preencher um vazio legal que existia, protegendo assim os consumidores, mas também as empresas, que passam a ter balizas para a coleta e tratamento de dados de forma responsável e relevante.
Sessão de Esclarecimento e apresentação do Curso Leading Digital Strategy
Assim que terminaram as intervenções, os participantes iniciaram as suas questões, focando-se muito no curso executivo “Leading Digital Strategy”. Destacando-se questões como:
- Este será o curso que vem dar resposta a uma série de questões, que deixa as pessoas à deriva numa era de tantas mudanças?
- O que traz este curso de diferente à oferta que já existe?
Tendo neste momento as coordenadoras do Curso, Carolina Afonso e Sandra Alvarez, assumido as respostas
“Este curso, pelo seu modelo, procura atravessar todas as áreas fundamentais da estratégia digital, que passam pela Customer Experience, Autmation, Customer Centric, Social Media e Digital Media & Advertsing, mas também pelas novas necessidades de produção de conteúdo, como são o vídeo, onde estará a Marta Leite Castro, uma jornalista que se reinventou e transferiu-se, em grande medida, do tradicional para o digital, os Soft Skills em gestão de tempo necessários numa era de múltiplos estímulos, unidade curricular dada por Sofia de Castro Fernandes, responsável pelo conhecido blog “Às 9 no meu blogue” e “Academia às 9”, além do fundamental Analytics, que assegura o tratamento dos dados para dar vantagem competitiva, mas também a medição do ROI de todas estas ações.”
Referiu Sandra Alvarez, dando, de seguida, a palavra a Carolina Afonso:
“A forma como este curso se diferencia, assenta na forma como foram englobadas todas as áreas de hard skill importantes na estratégia e transformação digital, mas também soft skills que são fundamentais, além de promover uma imersão em Madrid (incluída no custo do curso) que permitirá sessões de trabalho numa empresa nativa digital (Google) e de uma empresa centenária que se reinventou e tem hoje nos serviços de IT uma das suas fontes de receita (Konica Minolta)”