Entrevista aos Coordenadores da Pós-Graduação em Gestão de Projetos - Fatores diferenciadores do programa

ISEG Executive Education  / 28.07.2021

 

É já no dia 23 de setembro de 2021 que terá início a 25.ª edição da Pós-Graduação em Gestão de Projetos. Prestes a iniciar mais uma edição desta Pós-Graduação, os coordenadores deram uma entrevista ao ISEG Executive Education, em que destacaram os fatores que distinguem o programa.

 

Face às rápidas e contínuas dinâmicas de mercado, que se verificam nos últimos anos, as organizações trabalham cada vez mais por projetos. De que forma a frequência desta Pós-Graduação é uma mais-valia para os participantes? 

Muitos dos candidatos que nos procuram tiveram já algum contacto com aquilo que consideram ser “gerir projetos”. Porém, a maioria tem uma visão muito redutora do assunto, conhece apenas algumas práticas isoladas, por exemplo, fazer um calendário de atividades e sequenciá-la, ou gerir um grupo de pessoas a quem chama “equipa do projeto”. Acontece que gerir um projeto quase equivale, hoje, a gerir uma organização. Mas com uma grande diferença, a empresa opera muito numa base de processos rotineiros e contínuos, enquanto o projeto tem uma finalidade concreta, por exemplo, a entrega de um produto, de um serviço ou de uma nova capacidade, com um certo orçamento e um prazo limite. Logo, gerir projetos requer um conjunto de competências de grande abrangência e especialização, distribuídas pelas áreas da estratégia, da liderança/gestão de equipas e das skills técnicas ligadas às várias áreas de conhecimento. Nas organizações, os projetos tornaram-se um assunto sério. Basta pensar que são “sorvedouros” dos investimentos que as empresas fazem para melhorarem o seu desempenho. Ora, como os investimentos são cada vez mais raros, mais escrutinados e disputados, é essencial garantir que os projetos sejam bem-sucedidos à primeira tentativa. É um facto, ninguém hoje se pode dar ao luxo de “deitar dinheiro fora”, por incompetência dos intervenientes em matéria de gestão de projetos.

 

A Pós-Graduação tem evoluído em função de uma auscultação do mercado, do conhecimento produzido sobre a Gestão de Projetos e do feedback dos antigos alunos. Em que atualizações se refletiu no programa? 

O programa desta Pós-Graduação tem sido alvo de ajustes ao longo do tempo. Para além dos requisitos de atualização de temas, surge outro tipo de condicionantes, de que o feedback dos alunos e a análise comparada dos programas da concorrência são exemplo. Mas há outras fontes de auscultação, por exemplo, a das tendências do mercado em matéria de novas áreas de negócio, ou até do impacto das novas tecnologias na inovação dos modelos de negócio mais “tradicionais”. Esta análise dos contextos dinâmicos em que as organizações se movem é um elemento essencial para a forma como devemos realizar projetos. Em suma, de uma forma ou de outra, o programa vai-se renovando, procurado alinhar-se, no limite, com as melhores práticas do mercado. De assinalar outro aspeto: há muito que estas matérias são objeto de estudo, acompanhamento e atualização por parte de organizações profissionais, orientadas às comunidades de praticantes, de que o PMI e o IPMA/APOGEP são exemplo. Sobre este ponto, é bom que fique claro que a Pós-Graduação em Gestão de Projetos é lecionada numa conceituada Universidade de Gestão, Economia, Finanças e Matemática. Logo, tal facto permite-nos filtrar e adicionar aos contributos daquelas organizações a nossa visão “independente”, de cariz mais científico, resultante nas áreas de investigação académica. Esse é um diferencial que nos assiste realçar, justamente por estarmos próximos de fontes de inovação complementares aos introduzidos por outro tipo de intervenientes.    

 

Existe algum requisito prévio para os participantes da Pós-Graduação em Gestão de Projetos? 

Os programas estão preparados para lidar com alguma heterogeneidade de formações e experiências profissionais de base. Todavia, consideramos que é uma mais valia os participantes terem algumas noções de cálculo financeiro. Por outro lado, devem ser globalmente proativos e com espírito crítico, pois existirão, ao longo dos blocos de unidades curriculares, matérias em que se aconselha alguma pesquisa e estudo autónomos.

 

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Autor: ISEG Executive Education